segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Provas: As desilusões do segundo dia

Sábado, 10 de Agosto, estava há muito marcado no calendário, como um dos dias «fortes» destes Jogos. Afinal foi só intenso.
Comecei-o logo às 10 da manhã, no Pavilhão de Esgrima, a ver o Joaquim Videira a eliminar um adversário sul-africano com idade para ser pai dele. Mas com alguma dificuldade e só depois de dar alguns berros para se concentrar. Mas não o suficiente, porque logo a seguir foi eliminado por um polaco e os berros, aí, já foram para o árbitro. Não era necessário...
Rapidamente para o pavilhão do judo a tempo de ver o Pedro Dias ganhar o primeiro combate. E, logo a seguir, a Telma Monteiro a desapachar uma russa que, dizia-se, era uma adversária temível. Não se notou. A coisa começava a animar... até que a Telma perdeu, o Dias também perdeu e, na luta pela repescagem, voltaram a perder. No dia em que era possível pensar até numa medalha de ouro para Telma (das mais ansiadas, até, pela comitiva do judo, como forma de homenagear a memória de António Matias, o seleccionador feminino falecido em Janeiro)ficou-se tudo pelo 9.º lugar.
Enfim, talvez na natação os novos fatos pudessem dar algum ânimo à Diana Gomes e ao Tiago Venâncio, nas eliminatórias. Nem pensar... ficaram longe até dos seus próprios recordes.
Perante tanta desilusão portuguesa, nada como mudar de cenário: ir ver o China-Estados Unidos em basquetebol. Salvei o dia: foi um espectáculo memorável!

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite.

Infelizmente o meu trabalho não me permite acompanhar os Jogos Olimpicos, ainda que pela TV e como tal recorro a estas formas para saber os resultados.


Somente fico descontente, pois ao tentar saber os resultados de um determinado desporto, quase nada encontro.

Após 12 anos longe, este ano a Comitiva Portuguesa, levou dois atletas de Remo - Pedro Fraga e Nuno Mendes - em duble scull.
Sei que na eliminatória que fizeram no Domingo (10/08) ficaram em 3ª lugar e vão às repescagens.

Gostaria de propor um post sobre o remo, visto que é sempre tão desconhecido, mas esses dois atletas que na China representam Portugal merecem sem dúvida aí estarem e por tudo que tem passado é a grande vitória deles.

Parabéns a todos os Portugueses, mas em especial aos atletas de Remo.

E fica a sugestão.

Obrigada

Unknown disse...

(Utilizo este este comentário para antecipar o tom dos futuros comentários à prestação olimpica Portuguesa)
Tá tudo doido nessa aldeia (pelo menos nos apts. dos Portugas)?
Será quem ninguém explicou?
Uma medalha num certame desportivo como as olimpíadas não tem uma relação directa com medalhas obtidas anteriormente em outras provas (Europeus, Mundiais, meeting´s etc).
“Toda” a gente acha que com um pouco de sorte (num bom dia etc.) consegue lá ir. Desde o presidente do COP, passando por políticos (p. ex. o Pres. da Ass da Republica), federações, até ao mais simples atleta que vai pela 1ª vez às olimpíadas.
Queixam-se do destaque exagerado e injustificado dado ao Futebol em Portugal (e com razão) mas depois põem-se a jeito, e é desilusão atrás de desilusão.
O que vai acontecer se não se vencer as medalhas previstas pelo presidente do COP. O presidente do COP prometeu-as ao governo, a troco de apoio, e se não forem conquistadas de quem será a responsabilidade? Dos atletas? Dos árbitros? Dos treinadores? Dos dirigentes é que duvido.
A Vanessa não tem qualquer obrigação de ganhar qualquer medalha, no entanto tudo o que não for ouro será uma derrota. Com muito menos responsabilidade veja-se o que aconteceu à Telma ao João Neto, ao Videira, etc.
Como uma cereja no topo do bolo vêm as declarações do Francis, que voluntariamente criou a pressão máxima. É verdade que é prata em Atenas (e o ouro sabe-se o que lhe aconteceu). Mas só com muita dificuldade se entende esta auto pressão.
Prometer que vai correr para conquistar a medalha de Ouro nos 100m em Pequim ??
Até pode surpreender alguns adversários, mas ninguém lhe explicou que a prova em que vai participar é das mais aguardadas (mesmo fora da Jamaica e USA), desta olimpíada?
Que estão presentes os três sprinters mais rápidos de sempre no universo? Com tempos que só estarão ao alcance de outros atletas em sonho (a dormir claro está) Tyson Gay: 9:77; Asafa Powell: 9:74; e Usain Bolt: 9:72. O Francis tem 9.85 de à 4 anos!! Esta época ainda não baixou dos 10. E as medalhas vão para quem correr abaixo dos 9.80 e talvez o ouro abaixo dos 9:70??
Nestas circunstâncias o recorde Europeu seria fantástico. Não há qualquer pressão (O Francis não “existe” nestes 100m). Ninguém pode ter pretender mais (muito menos exigir). Estamos a falar da prova mais mediática destes Jogos com as medalhas já “atribuídas”. Onde a grande incógnita é a sua distribuição. Para quê afirmar que quer, não uma mas a mais desejada – a de ouro? Ter a atenção dos media?
“Deus está comigo”, afirmou. E não estará também com os outros? A Fé para quem a tem move montanhas (dizem) mas qual a necessidade de a publicitar desta forma e neste momento (antes da prova)?
Não quero que o Francis ganhe? Claro que quero (não o desejo tanto como ele é obvio). E seria a medalha de ouro mais extraordinária alguma vez ganha por um Português e ficaria na História, não apenas desta olimpíada mas das Olimpíadas Modernas.
Iremos assistir a uma mau dia, como justificação? Não metam outra vez Deus nestas coisas do desporto! Espero que a vitória do glorioso no jogo de futebol Benfica-Inter (na importantíssima Eusébio Cup) não faça esquecer a catástrofe (não ganhar o ouro) e que um extraordinário recorde de Europa, mas sem medalhas, seja celebrado e enaltecido (e ocupe mais espaço nos media que o futebol).

Não havia nexexidade.

A nossa campeã olímpica da maratona treina mais, actualmente, 20 depois dessa conquista que alguns dos olímpicos de Pequim (em modalidade que não o Atletismo claro), e há olímpicos que participam sem a exigência e rigor dos “mínimos” de alguns desportos olímpicos. Logo o nível de exigência e a importância de uma classificação honrosa não é obviamente o mesmo em todos os desportos. Não criem mais pressão que a naturalmente já existente.

Dignifiquem-se em competição e honram o Pais, não é necessário mais