Vinte mil pessoas em silêncio. De repente, no meio da excitação geral, baixam-se as bandeiras e todos os olhares se fixam no aparelho da barra fixa, onde Yang Wei vai iniciar o seu exercício final. A tensão é máxima. Momentos antes, outro dos grandes favoritos à medalha de ouro, e grande especialista neste aparelho, o alemão Fabian Hambuechen, tinha caído, hipotecando um lugar no pódio.
Yang Wei encontrava-se na mesma situação que em Atenas 2004. Só não podia falhar, como lhe tinha acontecido na capital grega, acabando por ser relegado para o sétimo lugar.
Apesar de ser o atleta mais experiente nesta final, nota-se que ele também sente a tensão e, talvez, o nervoso. Por alguma razão, os momentos antes da prova tinham sido passados com o seu treinador a massagar-lhe as costas.
Durante as poucas dezenas de segundos do seu exercício é quase possível ouvir a sua respiração no meio do pavilhão. O barulho das suas mãos na barra é distinguível, pelo menos.
Yang Wei optou por não arriscar, ele que é conhecido por tentar sempre as manobras mais difíceis. Neste caso, com uma vantagem confortável, arriscou o mínimo. Foi uma prova simples, apenas com uma ligeira hesitação. Nela, o ginasta chinês teve a sua pior classificação de todo o concurso (apenas 14,775, quando tinha obtido, por exemplo, 16,559 no salto de cavalo e 16,625 nas argolas), mas o suficiente para ganhar, finalmente, a medalha de ouro. Aí, as 20 mil pessoas abandonaram o silêncio e entregaram-se à festa. Yang Wei tinha cumprido, finalmente, o seu destino... de ouro.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Ginástica: Yang Wei cumpre o destino
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2 comentários:
E a foto do quarto? Quando não havia assunto, só falavam da poluição ... e agora?
É verdade. E agpra q está mau tempo queriamos ver a vista...
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