quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Atletismo: Bolt volta a voar em Pequim

Se alguém ainda tinha dúvidas, agora já não restam nenhumas: o jamaicano Usain Bolt é, aos 21 anos, o homem mais rápido do mundo. No Estádio Olímpico de Pequim, Bolt voltou a voar pela pista e retirou dois centésimos de segundo ao histórico recorde dos 200 metros, de Michael Johnson, estabelecido há 12 anos, nos Jogos Olímpicos de Atlanta. No «Ninho de Pássaro» o cronómetro parou nos 19,30 segundos, deixando os 91 mil espectadores em delírio.
Ao contrário do que tinha sucedido na final dos 100 metros, no sábado, em que Usain Bolt começou a festejar a 10 metros da meta (mesmo assim, o suficiente para colocar o recorde nos 9,69 segundos!), desta vez o jamaicano correu até ao fim completamente compenetrado. E, na meta, ainda esticou o corpo para a frente, como mandam as regras dos sprinters. Esse gesto acabou por ser fundamental para a obtenção do recorde, já que inicialmente o tempo assinalado foi de 19,31 segundos, sendo depois corrigido no «photo-finish» para 19,30 segundos.
Curiosamente, antes da final se iniciar, o anterior recordista, Michael Johnson tinha afirmado que esperava a vitória de Usain Bolt nos 200 metros, mas que dificilmente ele lhe roubaria o recorde. No entanto, admitiu que se o jamaicano conseguisse fazer a curva melhor do que o habitualmente e aguentar a velocidade até ao fim, o seu recorde passaria a ter outro dono. Foi isso precisamente que sucedeu.
Durante a volta de honra, Usain Bolt virou-se para as câmaras de televisão do estádio e com o dedo indicador direito esticado, gritou duas vezes: «Sou o número um!
Em segundo lugar ficou Churandy Martina, das Antilhas Holandesas, com um recorde nacional de 19,82s, enquanto a medalha de bronze foi para o campeão olímpico de Atenas, o norte-americano Shawn Crawford, com 19,96 segundos.
Após a prova, em homenagem à proeza de Usain Bolt, a instalação sonora do «Ninho de Pássaro» começou a tocar música reggae. E Bolt, uma vez mais, aproveitou para dançar.

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