Durante meses fomos inundados com informações constantes sobre a poluição em Pequim e o seu perigo para os atletas nas provas de resistência. Parecia que os Jogos se iam realizar num ambiente típico das piores descrições de Charles Dickens.
O resultado da maratona masculina, no último dia dos Jogos, encarregou-se de provar que afinal também neste campo se andou a brincar, demasiado, com o fogo. Ou antes: que existiu muita manobra de propaganda e contra-informação.
A verdade é que o queniano Samuel Kamau Wansiru destruiu, em duas horas, seis minutos e 32 segundos tudo o que se andou a dizer sobre a poluição, o calor e a humidade em Pequim. Naquele tempo, ele conseguiu aquilo que ninguém, nos ambientes «puros» de Seul, Barcelona, Atlanta, Sydney e Atenas tinha conseguido: bater o velhinho recorde olímpico de Carlos Lopes, estabelecido na maratona dos Jogos de Los Angeles, em 1984. Wansiru consegui-o. E ninguém o viu tossir ou correr com máscara de oxigénio.
domingo, 24 de agosto de 2008
Pequim: Para acabar de vez com a (polémica da) poluição
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1 comentário:
Sempre gostei mais da Sábado, mas depois de ler os seus posts vou passar a seguir o seu trabalho na Visão. Boa onda!
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