Ainda bem que há análises lúcidas que nos ajudam a compreender melhor os actos e os factos, sem constrangimentos de qualquer ordem. Como esta, de Bruce Einhorn, publicada no site da revista norte-americana Business Week. A tese é simples, mas certeira: afinal o realizador norte-americano Steven Spielberg não correu risco algum por afrontar o governo de Pequim e um mercado potencial de 1,3 mil milhões de espectadores para os seus filmes, quando decidiu retirar-se da equipa de conselheiros artísticos para as cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos. Porquê? Porque a China, explica Einhorn, além de ser a campeã mundial da pirataria de filmes em DVD, apenas permite a exibição de 30 longas-metragens estrangeiras por ano - um número em que as produções de Hollywood têm de lutar, de igual para igual, com as do Japão, Coreia e Índia.
Ou seja, dificilmente Spielberg iria buscar um cêntimo ao bolso dos espectadores chineses. Mas com a sua atitude em defesa da causa humanitária do Darfur ganhou, no resto do mundo, um protagonismo e uma simpatia com muito mais ressonância no mercado. Especialmente, quando está prestes a estrear o novo filme da série Indiana Jones (cujo trailer pode ser visto aqui).
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