terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pequim: Como superar o 'jet-lag' e vencer provas de triatlo

Sérgio Santos, o treinador da selecção nacional de triatlo, explicou no sábado, 23, a uma plateia de dirigentes, técnicos e atletas, reunidos no Comité Olímpico de Portugal, a melhor maneira de minimizar os efeitos da longa viagem para a China. Com os exemplos práticos de quem, nos últimos três anos, tem levado Vanessa Fernandes a sucessivos triunfos no local onde vai decorrer a prova de triatlo dos Jogos Olímpicos. É este o seu plano:
1 - Viagem durante a noite. A comitiva apanha o voo para Paris ao fim da tarde, de forma a jantar no aeroporto Charles De Gaulle, antes de embarcar no voo directo para Pequim. Numa viagem de 12 horas, tentam dormir oito. Para isso, tomam um indutor de sono, a que acrescentam um relaxante muscular como forma de evitar problemas musculares por causa da falta de espaço na cabina.
2 - Cuidado com a comida. Durante o voo, apenas comem os alimentos - habituais da sua dieta - que transportam, não tocando sequer nas refeições distribuídas pela tripulação. O cuidado é grande também com o que bebem, já que os atletas estão habituados a consumir bebidas carbohidratadas. Como, actualmente, não as podem transportar directamente para dentro do avião, passaram a usar um truque: levam os seus bidons com pó e, depois de passarem a segurança, compram água e fabricam a bebida, tal como estão habituados.
3 - Recuperar a vida normal. Os atletas costumam chegar a Pequim a tempo de almoçar e, rapidamente, tentarem fazer a sua vida normal: uma sesta ligeira depois da refeição e um treino de distensão ao fim da tarde, antes do jantar. Para dormir e como forma de evitar problemas, voltam a tomar medicação. É a forma segura de garantirem oito horas se sono seguidas. Mas é a última vez que o fazem. Com este regime, os atletas acordam no dia seguinte já completamente adaptados ao novo fuso horário, com os hábitos restabelecidos e... prontos para ganhar. Até agora tem dado resultado!

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