quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Video: Jogadas que dificilmente serão vistas em Pequim

Dez grandes jogadas de Yao Ming, o gigante chinês da NBA que está praticamente fora dos Jogos Olímpicos de Pequim, devido a uma lesão. Considerado um dos melhores jogadores de basquetebol do mundo, Yao Ming é também uma das maiores estrelas desportivas chinesas, a par de Xiang Liu, recordista mundial e campeão olímpico dos 110 metros barreiras.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Pequim: Aeroporto gigante



É enorme, maior do que o colossal aeroporto de Heathrow, ocupa uma área equivalente a 170 campos de futebol e demorou apenas quatro anos a ser construído. Desenhado pela equipa de arquitectos do britânico Norman Foster, o novo Terminal 3 do Aeroporto de Pequim promete iniciar uma nova era no transporte aéreo, quando receber o primeiro voo às 8 horas (na China, os grandes momentos têm sempre que estar ligados ao número oito...)da manhã de sexta-feira, 29 de Fevereiro.
O projecto custou cerca de 2,3 mil milhões de euros e, segundo Norman Foster, o Terminal 3 terá 17 por cento mais de espaço útil do que todo o Aeroporto de Heathrow, em Londres.
No ano passado, o aeroporto de Pequim recebeu 48 milhões de passageiros, muito para além da sua capacidade estimada de 35 milhões. Com a realização dos Jogos Olímpios em Agosto, calcula-se que o número de passageiros suba, em 2008, para 64 milhões. O que já não será um problema: com o novo Terminal 3, a infraestrutura aumentou a sua capacidade para 76 milhões de passageiros anuais.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Vídeo 5: Pequim por Andrew Lau

O filme de Andrew Lau Wai-Keung, realizador de Hong Kong, que se tornou conhecido por misturar as artes marciais com efeitos visuais gerados por computador.

Vídeo 4: Pequim por Daryl Goodrich

A curta-metragem do britânico Daryl Goodrich para o mesmo projecto, autor do filme da candidatura de Londres aos Jogos Olímpicos de 2012 e que, segundo muitos observadores, foi decisivo para a vitória da capital inglesa sobre a rival Paris.

Vídeo 3: Pequim por Patrice Leconte

A contribuição do francês Patrice Leconte

Vídeo 2: Pequim por Majid Majidi

A «encomenda» do realizador iraniano Majid Majidi ao mesmo convite da série «Visions of Beijing».

Vídeo: Pequim por Giuseppe Tornatore

Uma pequena obra-prima do realizador italiano Giuseppe Tornatore (autor de «Cinema Paraíso»), na concretização de um convite endereçado a cinco realizadores pelo governo da cidade de Pequim.

Olímpicos: Sandra Tavares com mínimos B

Sandra Tavares, da Federação Portuguesa de Atletismo, tornou-se a 48.ª atleta a alcançar os mínimos de qualificação para os Jogos Olímpicos, ao superar a fasquia a 4,31 metros no salto com vara, durante o Meeting de Epinal, França, no passado dia 10. Trata-se, no entanto, de um mínimo B que não garante a qualificação automática para os Jogos, uma vez que outra atleta, a sua irmã Elisabete Ansel, tinha já superado anteriormente a marca de acesso na mesma especialidade. No caso de não conseguirem os mínimos A, apenas uma das duas atletas poderá participar nos Jogos Olímpicos. Com este resultado, Sandra Tavares é igualmente integrada no Projecto Pequim 2008 do C.O.P., no Nível de Qualificados, com efeito a partir de 1 de Março.
O lançador de peso Marco Fortes, que também alcançou recentemente os mínimos de participação nos Jogos, foi igualmente integrado no Projecto Pequim 2008 (Nível Qualificados).
Fonte: COP

Vídeo: Triatlo da Taça do Mundo em Pequim

Vitória de Vanessa Fernandes no triatlo de Pequim, em Setembro de 2007. Segundo Sérgio Santos, seleccionador nacional e treinador de Vanessa, este é um dos percursos mais bonitos e espectaculares de todos os que compõem as provas da Taça do Mundo. «Só é pena que os chineses não percebam as regras do triatlo e que apenas se limitem a acenar com as bandeirinhas que lhes distribuem», lamenta. Espera-se, no entanto, que durante os Jogos Olímpicos a situação melhore. Até porque está prevista a instalação de uma bancada com capacidade para 70 mil espectadores na zona de transição das provas e da meta.

Pequim: Como superar o 'jet-lag' e vencer provas de triatlo

Sérgio Santos, o treinador da selecção nacional de triatlo, explicou no sábado, 23, a uma plateia de dirigentes, técnicos e atletas, reunidos no Comité Olímpico de Portugal, a melhor maneira de minimizar os efeitos da longa viagem para a China. Com os exemplos práticos de quem, nos últimos três anos, tem levado Vanessa Fernandes a sucessivos triunfos no local onde vai decorrer a prova de triatlo dos Jogos Olímpicos. É este o seu plano:
1 - Viagem durante a noite. A comitiva apanha o voo para Paris ao fim da tarde, de forma a jantar no aeroporto Charles De Gaulle, antes de embarcar no voo directo para Pequim. Numa viagem de 12 horas, tentam dormir oito. Para isso, tomam um indutor de sono, a que acrescentam um relaxante muscular como forma de evitar problemas musculares por causa da falta de espaço na cabina.
2 - Cuidado com a comida. Durante o voo, apenas comem os alimentos - habituais da sua dieta - que transportam, não tocando sequer nas refeições distribuídas pela tripulação. O cuidado é grande também com o que bebem, já que os atletas estão habituados a consumir bebidas carbohidratadas. Como, actualmente, não as podem transportar directamente para dentro do avião, passaram a usar um truque: levam os seus bidons com pó e, depois de passarem a segurança, compram água e fabricam a bebida, tal como estão habituados.
3 - Recuperar a vida normal. Os atletas costumam chegar a Pequim a tempo de almoçar e, rapidamente, tentarem fazer a sua vida normal: uma sesta ligeira depois da refeição e um treino de distensão ao fim da tarde, antes do jantar. Para dormir e como forma de evitar problemas, voltam a tomar medicação. É a forma segura de garantirem oito horas se sono seguidas. Mas é a última vez que o fazem. Com este regime, os atletas acordam no dia seguinte já completamente adaptados ao novo fuso horário, com os hábitos restabelecidos e... prontos para ganhar. Até agora tem dado resultado!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Portugal: Ana Dias com mínimos para Pequim

A maratonista Ana Dias tornou-se a 47.ª atleta portuguesa a superar os mínimos de qualificação para os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, ao vencer no domingo, 24, a Maratona de Sevilha com o tempo de 2.29,22 horas.
Ana Dias é a terceira portuguesa a alcançar os mínimos na Maratona feminina, que estão fixados em 2.32,30 horas, depois de Leonor Carneiro e Marisa Barros. Portugal pode participar na Maratona olímpica com um máximo de três atletas.
Esta pode ser a quarta presença consecutiva da atleta algarvia em Jogos Olímpicos, depois de se ter classificado em 32.ª nos 5000 metros em Atlanta-96, 24.ª nos 10000 metros em Sydney-2000 e 62.ª na Maratona de Atenas-04.
Fonte: COP

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Portugal: Atletas com plano de aclimatação

A seis meses do início dos Jogos Olímpicos, a maioria dos atletas portugueses já conhece o programa de aclimatação a que terá que se sujeitar para a adaptação ao clima e fuso horário de Pequim. Assim, segundo as informações recolhidas por este blog, a delegação do judo deverá partir, ainda em Julho, para um estágio no Japão, após o que seguirá para a China, em cima da data do início dos Jogos.
A maior parte dos atletas de desportos em ambiente fechado terá, por seu lado, um período de estágio em Macau - à semelhança, aliás, do que sucederá com cerca de três centenas de desportistas do Reino Unido.
Os atletas do triatlo deverão, por seu lado, seguir o programa habitual que costumam desenvolver durante as competições realizadas na China: viagens com escala em Paris, com voos nocturnos para Pequim, e acomodação no complexo residencial mais próximo do local das provas, evitando, assim, a Aldeia Olímpica.
Os atletas da vela, cuja sede será em Quingdao, a cerca de 700 quilómetros de Pequim, deverão reunir-se todos na China cerca de duas semanas antes do início dos Jogos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Polémica 2: Linford Christie não vai transportar a tocha em Londres

As reacções de protesto tiveram o efeito desejado: afinal, Linford Christie já não vai ser um dos escolhidos para transportar a tocha olímpica nas ruas de Londres, a 6 de Abril. De forma oficial, a Autoridade da Grande Londres, responsável pela organização do trajecto, afirmou que a decisão de convidar o antigo velocista foi «um erro» e que, como tal, ficava sem efeito. O mesmo organismo negou ainda que o convite tenha partido de Ken Livingstone, o mayor de Londres. Segundo a versão oficial, o presidente da câmara limitou-se a assinar as cartas-convite que a Autoridade lhe tinha feito chegar. Livingstone teve o privilégio de convidar, pessoalmente, cinco personalidades, mas nenhuma delas era o atleta banido pelo Comité Olímpico Internacional.

Vídeo: Vitória de Linford Christie em Barcelona 1992

Aos 32 anos, Linford Christie correu os 100 metros em 9,96 segundos. Foi o atleta mais velho a ganhar o ouro nesta prova, nos Jogos Olímpicos.

Polémica: Linford Christie pode ou não representar o espírito olímpico?


A decisão do mayor de Londres, Ken Livinstone, de convidar o campeão olímpico dos 100 metros em Barcelona 92, Linford Christie, para integrar o leque de desportistas que vão transportar a tocha olímpica pelas ruas da capital britânica criou uma enorme polémica nos meios desportivos internacionais.
O Comité Olímpico Internacional reagiu com indignação ao convite a Linford Christie, considerando «uma surpresa e uma desilusão» o facto de se poder eleger como símbolo olímpico um atleta que foi suspenso para toda a vida, depois de ter dado positivo, em 1999, num controlo anti-doping. Algo em que já era reincidente.
A verdade, no entanto, é que ao contrário do que já sucedeu com outros, a suspensão vitalícia de Christie não apagou o seu nome dos livros dos recordes, nem dos palmarés das mais importantes competições internacionais. E, quer se goste quer não, Christie foi o único sprinter britânico a sagrar-se, em simultâneo, campeão dos 100 metros a nível olímpico, mundial, europeu e da Commonwealth.
Actualmente com 47 anos, Christie é treinador de atletas, mas encontra-se impedido de ocupar esse lugar oficialmente nos grandes torneios. Nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, ele guiou Darren Campbell à medalha de prata nos 200 metros e Katharine Merry ao bronze nos 400 metros. Mas sempre sentado na bancada do público.
Agora, o mayor de Londres quer pô-lo, novamente, na primeira linha.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Video: Jacques Rogge anuncia a cidade vencedora

No Museu Olímpico, em Lausanne, Suíça, o presidente do Comité Olímpico Internacional, o belga Jacques Rogge, abre o envelope e anuncia a cidade vencedora dos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010. Singapura ganhou a Moscovo.

Jogos da Juventude: Ganhou Singapura

Singapura foi a cidade eleita hoje para sede dos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, a disputar em 2010.
A escolha entre Singapura e Moscovo, as duas finalistas do processo de escolha iniciado em Julho do ano passado, foi feita por voto postal dos membros do Comité Olímpico Internacional, entre os quais Fernando Lima Bello, membro português do COI.
O anúncio foi feito em Lausana pelo presidente do COI, Jacques Rogge, que considerou a decisão um «momento-chave» para o Movimento Olímpico internacional, explicando que a proposta de Singapura constitui um «projecto excitante».
«Organizar os primeiros Jogos Olímpicos da Juventude é uma grande responsabilidade e tenho inteira confiança na equipa de Singapura», afirmou Rogge. «Não duvido do profissionalismo e do entusiasmo que serão aplicados na realização bem sucedida dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2010».
Os Jogos Olímpicos da Juventude de Verão deverão reunir cerca de 3200 atletas dos 14 aos 18 anos e 800 oficiais, num programa desportivo incluindo os 26 desportos olímpicos em disciplinas e provas determinadas.
Em 2012, realizar-se-ão os primeiros Jogos da Juventude de Inverno, em local a determinar, com a participação de mil jovens atletas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Pequim: Americanos com máscara especial

O Comité Olímpico dos Estados Unidos (USOC) desenvolveu uma máscara com um sistema de filtro desenhado especialmente para a poluição de Pequim, e que deverá ser usado pelos atletas quando não estiverem em competição, noticiou hoje o Washington Post.
A máscara é muito semelhante às usadas pelos cirurgiões e, segundo consta, muitos atletas mostram-se relutantes em usá-las. As recomendações do USOC apontam para que os atletas evitem sair dos quartos, durante os dias dos Jogos, quando a qualidade do ar estiver muito baixa.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Vídeo: Final dos 100 metros em Atenas 2004

A peça que faltava para completar a colecção do vídeo anterior. E a prova mais memorável de todas. Graças ao inimitável Francis Obikwelu

Vídeo: Finais dos 100 metros (1960-2000)

Os mais rápidos, na corrida mais emotiva dos Jogos, em Roma-60, Tóquio-64, México-68, Munique-72, Montreal-76, Moscovo-80, Los Angeles-84, Seul-88, Barcelona-92, Atlanta-96 e Sydney-2000

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Olímpicos: Parabéns campeão Lopes

Carlos Lopes, o primeiro atleta português a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, celebra hoje 61 anos (Vildemoinhos, Viseu, 1947), e a página de internet do Comité Olímpico Internacional fez questão de o assinalar como um dos acontecimentos do dia. Uma lembrança mais do que justa, até porque Lopes continua a ser o detentor do recorde olímpico da maratona (2 horas, 9 minutos e 21 segundos, em Los Angeles 1984) e o vencedor mais velho dessa mesma prova (37 anos!).

Olímpicos da Juventude: Moscovo ou Singapura?

A decisão sobre a cidade-sede dos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, previstos para 2010, vai ser anunciada na quinta-feira, 21, ás 11 horas, em Lausanne, pelo presidente do COI, Jacques Rogge, e pode ser acompanhada aqui em directo. As cidades finalistas são Moscovo e Singapura, num processo em que também se candidataram Atenas, Banguecoque, Debrecen, Cidade de Guatemala, Kuala Lumpur, Poznan e Turim. Os Jogos Olímpicos da Juventude destinam-se a atletas entre os 14 e os 18 anos. Para a primeira edição, está prevista a participação de 3200 concorrentes, que participarão nos 26 desportos que, dois anos depois, farão o programa dos Jogos Olímpicos de Londres.

Pequim: Kosovo talvez, mas sem bandeira

Apesar da declaração de independência, será muito dificil ver atletas kosovares nos Jogos Olímpicos de Pequim a competir sob a bandeira da nova nação, alertou o Comité Olímpico Internacional.

Para poder participar nos Jogos, o Kosovo teria de cumprir uma série de requisitos... que dificilmente podem ser alcançados até Agosto: ver a sua independência reconhecida pelas Nações Unidas, cria um comité olímpico nacional e estabelecer diversos acordos de parceria e associação com federações desportivas internacionais. Assim, e com a maior das boas vontades, o máximo a que os kosovares podem aspirar - e há, pelo menos, cinco pugilistas que o pedem insistentemente - é poderem participar nas Olimpíadas como atletas independentes e sob o patrocínio da bandeira olímpica. No fundo, a mesma solução encontrada, nos Jogos de Sydney, em 2000, para os representantes de Timor-Leste, então sob um pedido expresso do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pequim 2008: Atletas com liberdade para blogar

O Comité Olímpico Internacional tomou uma decisão que, no contexto dos próximos Jogos Olímpicos, ganha uma importância excepcional em termos de liberdade de opinião: pela primeira vez na história das Olímpiadas, os atletas ganharam o direito de exprimir diariamente as suas opiniões e divulgá-las ao mundo, sem terem que pedir autorização. Claro que isto é uma interpretação e não um facto. Na realidade, o COI apenas concedeu permissão aos atletas para que possam, durante os dias da competição, manter activos os seus blogues e, dessa forma, transmitir as suas sensações, experiências e opiniões. As únicas restrições é que, nessas «espécies de diário» - segundo a denominação do COI -, os atletas não incluam vídeos (de forma a proteger os milionários contratos assinados com as cadeias de televisão), fotografias sem consentimento de outros competidores (para proteger os contratos de imagem comerciais...) e opiniões sobre os adversários (para tentar manter, dentro dos limites, o espírito olímpico).
Significativamente, o comunicado do COI não apresenta nenhuma outra limitação. O que deixa muito caminho aberto. Alguns exemplos: medalhas dedicadas ao povo tibetano, pensamentos sobre o Darfur, tomadas de posição sobre a liberdade religiosa, etc, etc.

Pequim 2008: Olímpiadas em 55 línguas

A organização dos Jogos Olímpicos de Pequim vai providenciar, durante as duas semanas de competições, serviços em 55 línguas diferentes para os representantes das 205 nações aguardadas. Para esse serviço, o comité organizador vai a cinco mil intérpretes que, diariamente, produzirão cerca de meio milhão de documentos.
O comité organizador anunciou, entretanto, que 800 mil pessoas candidataram-se ao lugar de voluntários para os Jogos Olímpicos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Spielberg: Nada a perder e tudo a ganhar


Ainda bem que há análises lúcidas que nos ajudam a compreender melhor os actos e os factos, sem constrangimentos de qualquer ordem. Como esta, de Bruce Einhorn, publicada no site da revista norte-americana Business Week. A tese é simples, mas certeira: afinal o realizador norte-americano Steven Spielberg não correu risco algum por afrontar o governo de Pequim e um mercado potencial de 1,3 mil milhões de espectadores para os seus filmes, quando decidiu retirar-se da equipa de conselheiros artísticos para as cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos. Porquê? Porque a China, explica Einhorn, além de ser a campeã mundial da pirataria de filmes em DVD, apenas permite a exibição de 30 longas-metragens estrangeiras por ano - um número em que as produções de Hollywood têm de lutar, de igual para igual, com as do Japão, Coreia e Índia.
Ou seja, dificilmente Spielberg iria buscar um cêntimo ao bolso dos espectadores chineses. Mas com a sua atitude em defesa da causa humanitária do Darfur ganhou, no resto do mundo, um protagonismo e uma simpatia com muito mais ressonância no mercado. Especialmente, quando está prestes a estrear o novo filme da série Indiana Jones (cujo trailer pode ser visto aqui).


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Memória: Atenas 2004 (3)


O sorriso contagiante de Francis Obikwelu no pódio, recebendo os aplausos de milhares de espectadores em Atenas, com a medalha de prata da prova dos 100 metros (entregue pelo presidente honorário do Comité Olímpico Internacional, Juan António Samaranch). Um momento absolutamente inesquecível - e nesta altura ainda ninguém suspeitava que o vencedor, Justin Gatlin, seria suspenso das competições por ter sido apanhado num controlo anti-doping.

Memória: Atenas 2004 (2)


Atletas chinesas na Aldeia Olímpica de Atenas. Momentos para recordar num ambiente de grande harmonia, onde o mundo, durante alguns dias, parece ser um local perfeito. Ou quase...

Memória: Atenas 2004 (1)


A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2004: uma lição inesquecível sobre a cultura mediterrânica e, em certa medida, universal. A prova de que se pode ser espectacular, emotivo e vibrante sem se ser obrigado a recorrer à estética fácil ditada pelas regras de Hollywood.

Exposição: Pequim no Museu Olímpico











Uma exposição sobre os Jogos de Pequim 2008 acaba de ser inaugurada no Museu Olímpico, em Lausanne, cidade suíça onde está instalada a sede do Comité Olímpico Internacional (COI).
À distância de menos de uma hora de comboio de Genebra (para onde há muitos voos desde Portugal), a exposição constitui uma iniciação ao espectáculo que vai decorrer em Pequim, em Agosto, e à cultura, tradições e costumes chineses.
«A mostra é uma oportunidade para descobrir tanto a China moderna, através dos Jogos Olímpicos, como a China tradicional», diz o COI sobre a exposição que estará aberta até 16 de Outubro e que também pode ser visitada aqui.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Tecnologia: Mais rápidos na água



Michael Phelps, que mantém o desafio de tentar ganhar oito medalhas de ouro em Pequim, diz-se que se sente com um fato espacial, qual Flash Gordon das piscinas. A Speedo, fabricante do LZR Racer, chama-lhe o fato de banho mais rápido da história da natação.
A verdade é que desde a introdução destes fatos especiais, nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, nunca mais se deixaram de bater recordes nas piscinas. Atenção, portanto, à nova invenção da Speedo, aqui.

Cerimónias olímpicas: Spielberg sai em defesa do Darfur


Steven Spielberg decidiu retirar o seu nome da lista dos conselheiros artísticos para as cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Pequim, como forma de protesto pela inacção das autoridades chinesas na resolução da crise humanitária do Darfur.
A tomada de posição daquele que é o realizador de cinema mais popular do mundo pode levar muitas outras personalidades e patrocinadores a tomarem acções semelhantes e a aumentarem a pressão sobre o governo de Pequim.
A China é o maior cliente do petróleo do Sudão e, por essa via, os activistas dos direitos humanos responsabilizam Pequim pela crise humanitária no Sudão.
«Em consciência, não podia continuar a encarar esta situação como se fosse um negócio habitual», declarou Spielberg. «Nesta altura, o meu tempo e energia têm de ser gastos não nas cerimónias olímpicas mas a fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a pôr um fim aos crimes contra a humanidade que continuam a ser cometidos no Darfur.»
Spielberg tinha sido convidado para participar numa equipa de conselheiros liderada pela realizador chinês Zhang Yimou, mas exceptuando uma visita a Pequim, há um ano, ainda nada tinha feito de concreto para as cerimónias olímpicas.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Grant Hackett em busca do recorde... fantasma de Salnikov


O australiano Grant Hackett anunciou que pretende tornar-se o primeiro nadador masculino a ganhar a mesma prova individual em três jogos Olímpicos. Depois de ter vencido os 1500 metros nos Jogos de Sydney 2000 e Atenas 2004, Hackett quer repetir a proeza, dentro de seis meses, em Pequim. Isto, apesar de nos últimos Mundiais, em Melbourne, em 2007, ter sido, pela primeira vez numa década, derrotado naquela distância - a mais longa das provas de natação olímpica.
No entanto, mesmo que consiga somar a terceira medalha de ouro em Pequim, Hackett não se tornará o incontestado rei das distâncias longas. Esse título, honorífico, continuará a ser partilhado com o russo Vladimir Salnikov, um dos mais espantosos nadadores que o mundo conheceu, o primeiro, aliás, a baixar da barreira dos 15 minutos nos 1500 metros, nos Jogos Olímpicos de Moscovo, em 1980.
Salnikov só não venceu as três medalhas consecutivas, porque a então União Soviética boicotou os Jogos de 1984, em Los Angeles. O nadador russo ficou-se apenas pela segunda medalha, conquistada oito anos depois da primeira (o mesmo período de tempo que Grant Hackett terá que defrontar), em Seoul, em 1988. E, conta quem assistiu, Salnikov protagonizou nesse dia, após a final, um dos momentos mais emotivos que jamais se assistiu numa Aldeia Olímpica: ao entrar no refeitório, o atleta (então com 28 anos, uma idade nessa altura impensável para um nadador) foi presenteado com uma extraordinária ovação, em pé, de todos os olímpicos presentes, que quiseram, dessa forma, demonstrar o reconhecimento pela proeza de alguém que nunca desistiu de lutar e treinar até aos limites. Por mais medalhas que ganhe, Hackett dificilmente conseguirá um reconhecimento semelhante.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Pequim: Cubo mágico


O «Ninho» e o «Cubo»


Limpeza automática e silenciosa


Balneários com estilo minimalista


Piscina para aquecimento antes das provas
Galeria para a entrada e saída de espectadores

Cobertura transparente para «libertar» a luz
Decoração serena
A piscina de 10 pistas e 17 mil espectadores
Estas fotos de Cheng Gong revelam quase tudo sobre um dos edifícios que mais atenções irá concentrar durante os Jogos Olímpicos de Pequim: o imponente e sereno Centro Aquático Nacional, mais conhecido por «Cubo de Água», e que vai receber as provas de natação, saltos para a água e de natação sincronizada. Um regalo para os olhos!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Olímpicos: Bons resultados alimentam esperança para os Jogos

Nelson Évora, campeão do mundo de triplo salto, bateu no domingo, 10, o recorde nacional daquela especialidade em pista coberta, com um salto de 17,33 metros que lhe valeu a vitória no meeting de Karlsruhe, na Alemanha. A melhor marca pessoal de Nelson Évora continua a ser os 17,74 metros conseguidos no Mundial de Osaca (Japão), em 2007, que constituem também recorde nacional absoluto.
Naide Gomes estabeleceu no sábado, 9, o recorde nacional do salto em comprimento em pista coberta, ao conseguir 6,90 metros e vencer, com essa marca, o meeting de Valência, Espanha.
Marco Fortes tornou-se o primeiro português a atingir uma marca acima dos 20 metros no lançamento do peso. No meeting de Valência, o atleta do Sporting atirou, no sábado, 9, o peso a 20,08 metros, conseguindo, assim, os mínimos para o Mundial de pista coberta, dentro de um mês, e para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Telma Monteiro conquistou no sábado, 9, a medalha de bronze no Torneio Super A de Paris, em França, na categoria de -52 quilos.A vice-campeã mundial, que já garantiu a presença nos Jogos Olímpicos de Pequim, falhou a intenção de melhorar o segundo lugar alcançado na última edição da prova. Telma Monteiro, que depois de Paris vai apenas participar no Europeu de Lisboa e nos JO de Pequim, perdeu o combate com a chinesa Dongmei Xian, que acabou por conquistar a medalha de ouro, após derrotar na final a argelina Soraya Haddad. Com este resultado, Telma Monteiro voltou a assumir a liderança do ranking mundial, que perdera para a chinesa Junsie Shi, após o mundial do Rio de Janeiro, após um ano e meio na liderança. No ranking olímpico, Telma também lidera destacada com 122 pontos de vantagem sobre a francesa Audrey La Rizza.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Futebol: Kaká quer jogar em Pequim 2008


Depois de juntar todos os prémios de melhor futebolista de 2007 aos títulos de campeão mundial (em 2002, sob o comando de Scolari) e da Liga dos Campeões, o brasileiro Kaká quer somar mais uma medalha ao seu palmarés: a do torneio olímpico de Pequim 2008.
O avançado do AC Milan, de Itália, manifestou o desejo de integrar a selecção brasileira aos Jogos de Pequim, em busca, mais uma vez, do único título que falta à «canarinha»: o olímpico.
Caso seja um dos atletas presentes em Pequim, Kaká estará, no fundo, a continuar uma linhagem de grandes futebolistas que, ao longo dos anos, participaram em Olimpíadas, mesmo que esse facto nem sempre seja devidamente referenciado nos seus currículos. Mas há muitos e bons exemplo.
Recordemos alguns, em cada edição dos Jogos:
Londres, 1948: Nils Liedholm (Suécia), ganhou a medalha de ouro.
Helsinquia, 1952: Feren Puskas (Hungria) ganhou a medalha de ouro nuns Jogos em que também participaram Vavá (Brasil) e Boskov (Jugoslávia).
Melbourne, 1956: Lev Yashin (URSS) ganhou a medalha de ouro.
Roma, 1960: Os italianos Giovanni Trappatoni e Giovanni Rivera falharam, por um triz, a subida ao pódio, ao perderem o jogo para o terceiro e quarto lugares frente à selecção da Hungria.
Munique, 1972: Lato (Polónia) ganhou a medalha de ouro, nuns Jogos em que também participaram Oleg Blokhin (URSS), Ulrich Hoeness e Ottmar Hitzfeld (Alemanha).
Montreal, 1976: Os franceses Michel Platini, Jean Fernandez e Patrick Battiston ficaram em 5.º lugar, num torneio ganho pela Alemanha de Leste.
Moscovo 1980: O guarda-redes Rinat Dasayev foi um dos integrantes da selecção soviética que se classificou em terceiro lugar, imediatamente à frente da Jugoslávia de Ivkovic (Sporting).
Los Angeles, 1984: A França, de Guy Lacombe e José Touré, venceu, na final, o Brasil, de Mauro Galvão e Dunga, num torneio em que também participaram Ivkovic (Jugoslávia), Andreas Brehme (Alemanha) e Franco Baresi, Tancredi, Vierchowod e Zenga (Itália).
Seul, 1988: No primeiro torneio olímpico em que participaram, livremente, os futebolistas profissionais, os soviéticos Kuznetsov, Mykhailychenko e Dobrovolsky venceram, na final, o Brasil, de Taffarel, Romário, André Cruz (Sporting), Aloísio (FC Porto) e Bebeto. Entre os outros olímpicos, estiveram os alemães Jurgen Klinnsmann e Thomas Hassler (3.º lugar), os italianos Carnevale, Ferrara e Tassotti (4.ºs), o argentino Mauro Airez (Belenenses e Benfica) e o sueco Jonas Thern (Benfica).
Barcelona, 1992: Os espanhóis Luís Enrique, Guardiola, Amavisca, Ferrer, Abelardo, Kiko e Alfonso venceram, na final, a Polónia de Juskowiak (Sporting), num torneio abrilhantado ainda pelos italianos Dino Baggio e Demetrio Albertini (5.º lugar), o paraguaio Carlos Gamarra (Benfica) e o sueco Tomas Brolin.
Atlanta, 1996: Um golo de Amunike (Sporting), no último minuto, deu a vitória à Nigéria (ainda com Kanu, Taribo West, Okocha, Ikpeba e Amokachi) na final sobre a Argentina, de Carlos Bossio (Benfica), Ayala, Zanetti, Claudio Lopez,Simone, Crespo. Ortega e Sensini. Portugal, com Peixe, Beto, Nuno Gomes, Capucho, Rui Jorge, Vidigal e Kenedy, foi copiosamente derrotado pelo Brasil (5-0) no jogo para a atribuição da medalha de bronze, muito por culpa do poder ofensivo de uma selecção que incluía nomes como Roberto Carlos, Bebeto, Juninho, Rivaldo e Ronaldo. No torneio participaram ainda os franceses Makelele, Robert Pires e Sylvan Wiltord, e os espanhóis Mendieta, Raúl, Morientes e De la Peña.
Sydney 2000: Os Camarões, com Samuel Etoo e Meyong (Belenenses) venceram, na final, a Espanha, de Xavi, Puyol e Marchena, num torneio em que também brilharam Zamorano, Contreras e Rodrigo Tello (Chile), classificados em terceiro lugar, Ronaldinho (Brasil), Pirlo (Itália) e McCarthy (África do Sul).
Atenas, 2004: A Argentina, com Lucho Gonzalez, Ayala, Heinze, Saviola e Tevez, ganhou a mdelha de ouro, na final, frente ao Paraguai, de Gamarra e Gimenez. Em terceiro lugar ficou a Itália, com Pirlo, DeRossi e Gilardino. Portugal, com Cristiano Ronaldo, foi eliminado logo na primeira fase.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Olímpicos: Joaquim Fiúza festeja 100 anos


O antigo velejador Joaquim Fiúza, medalha de bronze na classe de Star, em 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, celebra na sexta-feira, 8 de Fevereiro, 100 anos de idade
Na data em que faltam exactamente seis meses para a abertura dos Jogos de Pequim, o Comité Olímpico de Portugal assinala o centenário daquele que é um dos medalhados mais idosos do mundo apresentando felicitações ao antigo desportista e família, mas respeitando o delicado estado de saúde actual de Joaquim Fiúza.
O secretário-geral do Comité Olímpico de Portugal, Victor Mota, entrega ao aniversariante o emblema de ouro do C.O.P. e uma placa com os anéis olímpicos.
O velejador participou nos Jogos Olímpicos três vezes, tendo alcançado a medalha de Bronze, na sua última participação, na classe de «Star» em 1952, em Helsínquia, fazendo equipa com Francisco Rebelo de Andrade.
Joaquim Fiúza tinha disputado, anteriormente, os Jogos de Berlim de 1936, tendo como parceiro António Guedes de Herédia (10.º lugar), e os de Londres de 1948, com Júlio Leite Gourinho (6.º lugar).
Fonte: COP

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Olímpicos: Vanessa inicia a época... decisiva

Vanessa Fernandes regressa, no próximo fim-de-semana, às competições oficiais. Foi a própria triatleta que o anunciou num comunicado difundido no seu site. É o início de uma longa temporada que todos esperam seja concluída com uma medalha no dia 18 de Agosto, em Pequim.

Eis o comunicado de Vanessa:
«No próximo fim-de-semana, dia 10 de Fevereiro pelas 11h00, irei iniciar a minha época de 2008 na segunda edição do DUATLO DO JAMOR, no qual irei correr com a camisola do Benfica.
A prova desenrola-se no bonito Complexo Desportivo do Jamor e promete ser uma grande festa desportiva.
Antes ainda estarei presente na conferência de imprensa no próximo dia 08, sexta-feira pelas 14h30 no auditório do Complexo de Piscinas do Jamor.
Como sempre, darei o meu melhor.
Por agora é tudo, o mês de Fevereiro será fundamentalmente passado em estágio a preparar a primeira Taça do Mundo na Austrália.»

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Homenagem: Mo Greene deixa as pistas

Competitivo, fanfarrão, mas sempre extremamente simpático e quase até gentil com os adversários, público e jornalistas, Maurice Greene marcou uma época no atletismo. E até um estilo. Na transição entre o século XX e o XXI, ele representou o modelo ideal do velocista: um tipo ligeiramente baixo, musculoso e que, quando corria, parecia apenas tocar levemente na pista, quase a voar baixinho. Os tempos, entretanto, mudaram e não admira, por isso, que Greene tenha agora anunciada a sua retirada das pistas (e a sua auto-exclusão de Pequim 2008), após uma sucessão de lesões preocupantes, mas também da entrada em cena de uma nova geração de velocistas que parecem ser, fisicamente, o seu oposto: tipos, como Obikwelu (ou Asafa Powel e Tyson Gay) magros, esguios e com uma passada demolidora.
Mas pense-se o que se pensar de Maurice Greene, de uma coisa ninguém tem dúvidas: a sua vitória nos 100 metros dos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, ficará, para sempre, como uma demonstração ímpar de classe e confiança. E isto é algo que jamais será apagado da memória olímpica.
Chegou à Austrália como favorito e, em todos os momentos, mais não fez do que confirmar o inevitável: naquela época não tinha rivais à altura.
Naquele período, ele era o vencedor incontestável de todas as provas de 100 metros, o único capaz de roubar o «show» em qualquer momento na corrida do hectómetro, de fazer as delícias dos fotógrafos quando cortava a meta e deitava, num misto de gozo e provocação, a língua de fora - uma imagem que ficou gravada nas multidões como uma espécie de cartão de visita do velocista norte-americano. Era até o único homem no planeta que tinha a coragem de desafiar Michael Johnson nos 200 metros (prova que, infelizmente, nunca tiveram a oportunidade de disputar em simultâneo ao mais alto nível).
No entanto, não deixa de ser curioso que o ocaso de Maurice Greene tenha começado precisamente no momento em que outros lhe começaram a roubar o show. E, nesse campo, há uma data incontornável: 22 de Agosto de 2004, o dia da final olímpica dos 100 metros, quando Francis Obikwelu, antes do tiro de partida, começou a ouvir a música de «Zorba», de Mikis Teodorakis, e desatou a dançar no meio da pista, empolgando a assistência grega. De forma quase automática, Maurice, o «dono do show», ficou arredado do primeiro plano - os olhares e a simpatia concentraram-se na figura do nigeriano que, pouco tempo antes, tinha abraçado a nacionalidade portuguesa. Estupefacto, Maurice Greene ficou furioso e... confuso. Como era possível um novato e desconhecido como Obikwelu estar ali, naquele momento, a desafiá-lo, ainda para mais no seu terreno favorito?
O resultado final ficou, quase de certeza, «impregnado» desses sentimentos: Obikwelu bateu Greene por um centésimo de diferença. (A medalha de ouro foi, no entanto, para Justin Gatlin, um norte-americano que, entretanto, foi suspenso das competições por ter dado positivo num controlo anti-doping e que, por isso mesmo, não merece ser aqui referido como vencedor, independemente da versão oficial).
A verdade é que não voltaremos a ver Maurice Greene a voar nas pistas, desafiando, com o seu ar matreiro e provocador, os matulões com que partilhava as pistas. Mas, ao contrário de muitos outros, vamos recordá-lo por muitos e longos anos. Os (verdadeiros) campeões são eternos - como os diamantes!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Memória: Viva Fosbury!


Dick Fosbury chegou aos Jogos Olímpicos do México 1968 como um perfeito desconhecido, tornou-se uma curiosidade e saiu do imponente Estádio Azteca com o seu nome gravado para sempre na história do desporto mundial.
O rolamento ventral era, então, a técnica utilizada por todos os atletas do salto em altura: após a corrida, levantavam um pé à altura da cabeça e passavam a fasquia, tentando evitar o contacto com a barriga.
Fosbury, ainda nos campeonatos universitários dos Estados Unidos, começou a experimentar uma outra técnica: no final da corrida, realizada num ângulo diferente de aproximação, rodava o corpo e vencia a fasquia de costas, tentando libertar, no final, o contacto com o rabo e as pernas.
«É pá, o tipo salta de costas», foi o comentário mais repetido por quem assistiu à prova, nos primeiros Jogos Olímpicos transmitidos em directo pela televisão para todo o mundo. Só que a curiosidade rapidamente deu lugar à admiração: com o seu estilo peculiar, Foxbury foi vendo os seus adversários serem eliminados, um a um, até ficar ele sozinho em prova. Resultado: a medalha de ouro, com um novo recorde olímpico de 2,24 metros. E a consagração de um estilo que, desde então, tornou-se a norma entre todos os saltadores: o 'Foxbury flop'.
Tudo começou no Estádio Azteca, no primeiro dia da... revolução mexicana do salto em altura.

Boas notícias: Simão Morgado ganha medalha no 'Cubo'

O nadador Simão Morgado viveu hoje a experiência olímpica de subir ao pódio da nova Piscina de Pequim - conhecida como o Cubo de Água - , ao classificar-se em terceiro lugar nos 100 metros mariposa da prova-teste «Good Luck Beijing 2008 Swimming China Open», promovida pelo Comité Organizador dos Jogos Olímpicos.
“A organização segue o mesmo protocolo que vai ser utilizado nos Jogos Olímpicos e houve o hastear das bandeiras, o hino do vencedor, a volta de honra com o público a aplaudir…” , descreveu o atleta, de 28 anos, que já participou nos Jogos de Sydney e de Atenas, mas sem nunca, no entanto, viver a experiência de participar numa final e, muito menos, subir ao pódio.
À procura de alcançar os mínimos para a terceira participação consecutiva nos Jogos, Simão Morgado ficou a menos de um segundo da marca de referência, ao conseguir 54,29 segundos na final, depois de ter alcançado 53,99 segundos nas eliminatórias.
A marca de qualificação é de 53,49 segundos, que tenciona alcançar nos próximos Campeonatos da Europa, a disputar em Eindhoven, Holanda, em Março.
Nesta jornada, Diogo Carvalho, atleta já qualificado para os Jogos Olímpicos de Pequim, classificou-se na 6.ª posição da final de 200 metros livres, com 1.52,31 minutos, e a estafeta de 4x100 metros estilos (Pedro Oliveira, Carlos Almeida, Simão Morgado e Alexandre Agostinho) alcançou o 4.º lugar, com 3.47,54 minutos, novo recorde nacional sénior.
Fonte: COP