A cinco meses do início dos Jogos Olímpicos, o governo de Pequim está perante um desafio crucial que pode por em causa toda a sua credibilidade internacional: como responder às manifestações que, desde há alguns dias, invadiram as ruas de Lhasa, capital do Tibete, num clamor pela liberdade? Uma resposta musculada, como a que manchou de sangue a Praça Tianamen, em Junho de 1989, levantará uma onda de protestos mundial, podendo levar mesmo ao boicote dos Jogos Olímpicos por muitas nações. Um sinal de «abertura» e de condescendência perante os protestos levará à multiplicação de mais manifestações, nomeadamente durante os dias de competição, quando as atenções do planeta estiverem todas concentradas no que se passa em Pequim.
Para já, sabe-se que a polícia e o exército saíram para as ruas, tentando reprimir as manifestações de monges budistas, apoiados por muitos civis. Sabe-se que se registaram confrontos entre polícias e manifestantes. E há relatos díspares sobre a ocorrência ou não de mortes.
Uma coisa é certa: grande parte do êxito dos próximos Jogos Olímpicos vai jogar-se, nas próximas horas ou dias, em Lhasa, capital do Tibete, território ocupado pela China desde Outubro de 1950.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Pequim: Protestos e repressão violenta no Tibete
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