Olimpismo: Comité Olímpico Internacional homenageia mulheres

No Dia Internacional da Mulher, o Comité Olímpico Internacional anunciou as vencedoras do prémio Mulher e Desporto. A principal galardoada foi Datuk Seri Azalina Othman Said, a primeira mulher a exerger o cargo de ministra do Desporto na Malásia e que, com as suas políticas, conseguiu aumentar, de forma espectacular, o número de praticantes femininas naquele país (muçulmano, note-se, apesar do COI não fazer referência a isso, apenas o deixando subentendido).
Na mesma ocasião, o COI anunciou também as vencedoras do prémio em cada continente, seleccionadas de um total de 70 candidaturas. A saber:
América: A canadiana Abby Hoffman foi distinguida pela sua luta, desde que aos nove anos foi proibida de jogar hóquei no gelo numa equipa de rapazes, contra a discriminação por género. Como atleta participou em quatro Olimpíadas e, mais tarde, tornou-se na primeira mulher a dirigir o Desporto no Canadá.
Ásia: A chinesa Lingwei Li continua a ser um ícone do desporto asiático, graças à sua carreira como jogadora de badminton, nos anos 80, em que venceu 50 torneios internacionais. O seu exemplo foi determinante para levar muitas jovens a praticar desporto. Actualmente, é uma dirigente prestigiada no desporto internacional e integra o comité organizador dos Jogos de Pequim.
Europa: A búlgara Stefka Kostadinova, campeã olímpica do salto em altura nos Jogos de Atlanta 96, teve uma participação determinante para encorajar as raparigas do seu país a praticar desporto. Actualmente, é presidente do Comité Olímpico da Bulgária.
Oceânia: A australiana Debbie Watson foi praticante de polo aquático durante 17 anos e, nessa modalidade, vencedora da medalha de ouro nos Jogos de Sydney 2000. Ao longo da sua carreira, amealhou 315 jogos internacionais pela Austrália. Um exemplo tremendo para as praticantes do seu país.
África: A angolana Ana Paula Dos Santos foi a fundadora e presidente da Fundação Lwini, que se tem dedicado, nos últimos tempos,à promoção do desporto paralímpico. Ao contrário de todas as vencedoras dos outros continentes, a Ana Paula dos Santos não se lhe reconhece qualquer carreira desportiva saliente. Aliás, a nota dominante do seu currículo é apenas uma: ostenta o título de primeira-dama de Angola, como mulher do Presidente José Eduardo dos Santos.